quinta-feira, 24 de maio de 2012

MARÉ DE PORTAS ABERTAS!


Chegada dos jovens ao Museu da Maré

Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro, comunidade Timbau.
Esse foi o destino da Visita de Intercâmbio com os participantes da 4ª Mostra Brasil Juventude Transformando com Arte, na tarde desta quarta-feira, dia 23. O local visitado foi o Museu da Maré. Lá os participantes puderam conhecer a história desta grande comunidade, desde seu surgimento com as construções de palafitas quando o local era somente mangue, até os dias de hoje com população em cerca de 140.000 moradores. Esses moradores são, em sua maioria, nordestinos divididos em diversas comunidades.

A visita teve mediação de Marli Damascena, responsável pela documentação do acervo do museu.

E da água, surge a Maré!

Com um acervo riquíssimo em história e cultura, o Museu da Maré tem exposição permanente que conta o surgimento da favela. Como não podia faltar, o símbolo histórico desta beleza, as palafitas, têm sua reprodução montada no centro do espaço. Os próprios moradores foram aterrando os espaços preenchidos por água, onde hoje conhecemos como Complexo da Maré.

"Aqui montamos uma palafita para mostrar aos visitantes como eram, e todos os materiais expostos foram doados pelos próprios moradores e recuperados em ferro-velho", relata Marli.

Reprodução das Palafitas 

Exposição sobre moradores da Maré, desde sua origem.

Bem vindos à Maré!

Para animar ainda mais a visita o grupo Estrelas da Manhã colocou todo mundo para dançar, pular e bater o pé no chão, com o famoso "Cavalo Marinho" de Pernambuco. A dança é uma grande roda de folguedo e teve origem na Zona da Mata Norte nas décadas de 1800 pelos escravos.

"Eles tinham essa dança como forma de expressar alegria, esquecendo das dores, da angústia, dos sofrimentos. Na nossa região, começou com meu pai, Antônio Manoel Rodrigues, conhecido como Antônio Teles." diz Maria de Fátima (Nice Teles), coordenadora do grupo.

Batida do pé no chão...

Muita música...

E a festa de Cavalo Marinho começou! 

Nathan Noberto Rodrigues, de 18 anos, filho de Maria de Fátima, é a terceira geração dessa cultura. "Meu avô passou para minha mãe, que passou pra mim e hoje quero passar para outros", conta Nathan.

Texto e Fotos: Pedro Cruz

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