quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Puro envolvimento – capítulo 1

Yasmin Thayná


Eu tenho 18 anos e resido na cidade de Nova Iguaçu desde que nasci, ou seja, 3 de novembro de 1992. Meu envolvimento com a arte teve início depois que fiz uma viagem no carnaval para Bahia, Porto Seguro, em 2008 onde me interessei por malabares. Quando voltei para o Rio de Janeiro, comecei a fazer parte das oficinas de malabares do Espaço Sylvio Monteiro, no centro de Nova Iguaçu. Participei do grupo MACA, Movimento Alternativo de Cultura e Arte. Virei malabarista.

Em agosto de 2009, vi em frente a prefeitura da Cidade um outdoor enorme sobre o festival de cinema em Nova Iguaçu que já estava acontecendo. Pensei logo que era numa televisão de 29 polegadas. "Cinema? Festival de cinema de verdade nessa cidade? Tá zuando, né?" Liguei pro pai e ele permitiu que eu fosse. Foi mágico. Quando terminou o festival, tudo começou "novo de novo." Conheci o primeiro cineclube da minha vida: o Buraco do Getúlio coordenado por Diego Bion, na "Sessão Premiados." Após o Buraco, conheci o Cineclube Digital que realizava sessões toda segunda terça feira do mês no Sesc de Nova Iguaçu.

O ano virou. Em Janeiro de 2010, fiz uma oficina de curtas no SESC com Miguel Nagle, um grande professor de cinema que eu sempre digo que serei como ele assim que crescer. As minhas referencias artísticas são essas: os artistas de guerrilha. Para mim, é muito mais importante ver um cidadão do nordeste fazendo filme, um iguaçuano, carioca, paulista... Eu me emociono muito mais vendo um "Central do Brasil" da vida do que ver um "Acossado" do Godard. É muito mais legal ver que brasileiros estão produzindo. A satisfação é bem maior. Eu gosto muito de uma galera de São Paulo que tem um site o "cinema de rua." Fui para São Paulo esses dias e escrevi dois argumentos de curta. Mas não consegui encontrá-los, infelizmente. Eles são grande referência pra mim.

A oficina com o Miguel Nagle, durou 2 dias. Fiz o meu primeiro curta: "no ciclo eterno das mudáveis coisas". Fiquei na parte artística do filme, já que eu gostava de pintar telas a óleo em casa, li livros de arte, fui destaque em conseguir reproduzir uma pintura a guache, na aula de artes do ensino médio, a partir de uma música do Caetano Veloso "Trem das cores." E outras coisas a lápis de cor que também fiz. Mas nada muito sério. Sempre gostei das tintas.

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