sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ana Risos, A Informal

Pelas Periferias o trabalho informal é quase que unanimidade, ainda mais em um país que exclui o povo que o fez país, caso dos negros e indigenas, agora periféricos e comunidades tradicionais. Porem a palavra resiliência é veridica, quando encontramos talentos como o da poetiza e Atriz Ana Paula Risos, que ha dois anos inbterpréta A Jovem Maria Madalena, em seu Monólogo "A Informal", hoje em cartaz no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso
(http://escuta.estudiolivre.org/). A peça mostra A jovem Maria Madalena que não consegue entrar nos padrões da sociedade e busca viver livre e resgatar sua identidade através da valorização de sua ancestralidade africana, respondendo com o corpo e poesias, na informalidade de seus dias. Recomendo o monólogo pra todos que gostam de teatro e cultura Alternativa.
Para saber mais sobre "A informal" escreva para: anamo.teatro@yahoo.com.br
Segue Poema que integra a peça

Graça
(Ana Risos)


Qual é sua graça moça?
A minha graça é uma desgraça sem fim
Que talvez se perceba quando olhe pra mim
Eu sou o lírio do campo de guerra
De uma guerra sem face
Que se perde assim
num sim e num não
Numa chibata dolorida
numa moça desconhecida
Tratada como o óbvio
Tratada como lógico
Mas que nada disso tem
tratada como um relógio despertador
que apanha todos os dias,
mas que não tem tempo.
Jogada ao vento,
por aqueles que são lentos
Cabisbaixa, mas não se encaixa nesse perfil
Não é conivente nem servil
Deixa nóis livre, deixa nóis livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário